Neste mês de agosto de 2010 se comemora na República Democrática Popular da Coréia 55 anos da libertação da Nação do jugo militar japonês. Foram 15 anos de luta anti-imperialista. Esta grande tarefa foi obra do povo coreano sob a direção do Exército Popular da Coréia, organização criada em 25 de abril de 1932 pelo líder Kim Il Sung (1912-1994). No dia 25 de agosto de 1960, o atual dirigente Kim Jong Il assumiu suas responsabilidades de direção mediante a orientação política de priorização militar, chamada de “Songun”, quando visitou a divisão de tanques 105 do Exército Popular da Coréia. As contingências impostas pela Guerra Fria e o cerco imposto pelo imperialismo norte-americano fizeram com que a questão da defesa nacional se tornasse o problema central da luta pela soberania em território coreano.
É importante destacar que logo após a vitória sobre o imperialismo japonês em fevereiro de 1947 – com base nas vitórias das primeiras eleições democráticas realizadas na parte norte da Coréia -- foi estabelecido o Comitê Popular da Coréia do Norte, a primeira representação institucional popular na história do país. Kim Il Sung, que foi eleito presidente nesta oportunidade, propôs a retirada simultânea das tropas soviéticas e norte-americanas da península da Coréia. Os Estados Unidos reagiram e instrumentalizaram o Conselho de Segurança da ONU para manter a ocupação da Coréia do Sul. Frente a esta nova situação, Kim Il Sung promoveu uma reunião em 1948 para consultar os líderes de organizações sociais e políticas da Península coreana propondo a urgente proclamação da República Democrática Popular da Coréia, como forma de manter a independência nacional e impedir a divisão do país.
Em 25 de agosto de 1948 houve eleições para a Assembléia Suprema do Povo com uma participação de 99,97% do eleitorado na parte norte da península e com 77,52% dos eleitores da parte sul, afetada pelas pressões e restrições de forças reacionárias. Ao final, foram eleitos 572 representantes do povo de ambas as Coréias, do Norte e do Sul. Em setembro deste mesmo ano de 1948 transcorreu a primeira sessão da Assembléia Suprema do Povo, em Pyongyang, quando Kim Il Sung foi eleito Presidente do Conselho de Ministros e Chefe de Estado da República Democrática Popular da Coréia. Neste mesmo mês também foi proclamada a fundação da República. Os EUA então embarcaram numa aventura militar capitaneada pelo comandante militar americano na Ásia, o general Mac Arthur, que em 1953 foi o responsável ao lado do então presidente americano Eisenhower pela histórica primeira derrota americana após o fim da segunda Guerra Mundial. Neste ano foi assinado o armistício pelo qual os EUA reconheceram a vitória do povo coreano na chamada Guerra da Coréia e no qual a Coréia do Norte salvaguardou a soberania e a dignidade da Nação.
Graças ao heroísmo e determinação do povo coreano, à direção correta do Exército Popular da Coréia, ao apoio de voluntários do Exército de Libertação da China e de manifestações de repúdio ao imperialismo norte-americano ocorridas em todo o mundo, inclusive no Brasil, os EUA foram derrotados. Nesta guerra a política de “Songun” foi fundamental para o enfrentamento político e ideológico dos invasores inimigos que tentavam recolonizar a Coréia. Desde estes fatos ocorridos no início da década de 50 do século passado até hoje, a RDP da Coréia vem se desenvolvendo, enfrentando as limitações impostas pelo imperialismo e as provocações do governo pró-americano da Coréia do Sul. A última delas foi o afundamento da canhoneira Cheonan por parte de agentes do serviço secreto americano e sul-coreano no Mar Amarelo. Com este argumento o comando americano no Pacífico organiza exercícios navais na região do Mar do Japão para intimidar a RDP da Coréia, que por sua vez tem rechaçado estas provocações e ao mesmo tempo vem se preparando para responder todas as investidas que por ventura os governos dos EUA e da Coréia do Sul possam cometer contra a soberania nacional.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)