O CAMINHO É O FORTALECIMENTO DA NAÇÃO,
O SOCIALISMO É O RUMO.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

2010 e a importância do Programa Político

Toma corpo em vários setores do campo de apoio ao Governo de Luiz Inácio Lula da Silva a preocupação com a formulação de um novo programa para dar continuidade ao ciclo inaugurado com a posse de Lula em 2003. O presidente da República já havia designado dois integrantes de sua equipe (o ministro Luis Dulci e o secretário especial para assuntos internacionais Marco Aurélio Garcia) para levantar em termos concretos o que significou a aplicação do atual programa em curso. Esse trabalho tem grande importância para que se possa estabelecer referenciais para o futuro programa do candidato ou candidata que seja consagrada como representante do avanço democrático e popular.

Quando se parte para uma campanha presidencial como a do próximo ano, além das figuras que poderão encarnar este programa, é preciso debater e estruturar uma plataforma objetiva do que se pretende fazer no mandato que será empossado em janeiro de 2011. Na verdade, o novo projeto deverá ser construído em cima de um programa e não apenas em função de uma pessoa. Até o sétimo ano que se encerra agora em dezembro, os dois mandatos de Lula souberam na prática enfrentar certas contradições que se apresentaram de forma destacada como, por exemplo, a dicotomia entre Estabilidade X Crescimento, ou entre Mercado interno X exportação, ou investimento produtivo X programas sociais e ainda na esfera da política externa o isolamento X tratamento privilegiado.

Nestas quatro disjuntivas lembradas aqui, o esforço em favor do crescimento econômico foi aos poucos vencendo os obstáculos que ainda se interpõem ao investimento público em nosso país, fruto da concepção neoliberal do Estado Mínimo que dominou a orientação macro-econômica por décadas. O Plano de Aceleração do Crescimento, PAC, joga este papel desbravador na atual etapa, liderado por Lula e pela Ministra Dilma Rousseff. A contraposição entre mercado interno e esforço de exportação também foi tratado quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, contribui para a disponibilização do crédito para o desenvolvimento. A falsa contradição entre os investimentos sociais, como o projeto Bolsa Família, e os investimentos produtivos, também foi bem trabalhado. E o antagonismo entre isolacionismo e dependência à política unilateral dos Estados Unidos, foi extraordináriamente bem resolvida pela política externa do Itamaraty. Hoje o Brasil e o presidente Lula não ficam mais à margem das grandes questões internacionais.

Certamente a batalha eleitoral de 2010 estará impregnada do componente ideológico, não no sentido raso do termo, mas no debate programático que se estabelecerá. O melhor ambiente para as forças progressistas e democráticas será o que o próprio presidente Lula chama de debate plebiscitário. Por isso a tese dos chamados dois palanques só pode interessar à oposição que procurará se apresentar unida para tentar interromper este período de florescimento político, social e econômico que vivemos.